CIO DA TERRA LANÇA CAMPANHA!

CIO DA TERRA LANÇA CAMPANHA!

GRUPO DO CCAA - CIO DA TERRA LANÇA CAMPANHA ADOTE UM BACURI, PARTICIPE ! 

 

 

SÃO LUÍS - Uma das frutas mais populares da região amazônica, o Bacuri, foi plantada hoje, na Cidade Universitária, pelo Reitor Natalino Salgado, Vice-Reitor Antonio Silva Oliveira e tambénm da Reitora da UFSC Roselane Neckel, com o auxílio do Grupo de Extensão da Universidade Federal do Maranhão – Campus de Chapadinha –, Cio da Terra, coordenado pela professora Maria Moura. As duas mudas foram plantadas como forma de valorizar a fruta e destacar sua importância para a sociedade que esteve participando da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que vai até hoje (27). 

Segundo a professora Maria Moura, esse plantio propõe a visibilidade a uma das principais frutas do Maranhão, que hoje se encontra em extinção. “Nossa meta é plantar aproximadamente 1000 mudas nas regiões em que o risco de tê-la em extinção é grande. Trabalhamos para recuperar e cuidar desses bacurizais, a fim de qualificar a biodiversidade maranhense”, explicou. 
 


Foto: Caroline Ribeiro

Reitor Natalino Salgado e Vice-Reitor Antonio Silva Oliveira plantam mudas de bacuri na Cidade Universitária 
 

O bacuri leva oito anos para florecer e, se preservada e bem tratada, pode durar 200 anos ou mais. O bacurizeiro, cujo nome científico é Platonia insignis, pode atingir mais de 30 m de altura, com tronco de até 2 m de diâmetro nos indivíduos mais desenvolvidos. Sua madeira, considerada nobre, também tem variadas aplicações. 

Já que esta fruta, segundo Maria Moura, está em extinção, o Grupo Cio da Terra lançou a campanha “Adote um bacuri”, com o objetivo de preservar os bacurizais, tendo em vista que ele pode ajudar no combate à pobreza por ser uma alternativa excelente de fonte de renda para os agroextrativistas e que pode se vendido na forma de sucos, geleias, bombons, entre outros ou ainda na forma de pomada com uso medicinal. 


Foto: Caroline Ribeiro 

Grupo Cio da Terra junto com o Reitor Natalino Salgado, o Vice-Reitor Antonio Silva Oliveira e a Reitora da UFSC Roselane Neckel 
 

“O plantio também pode ser importante no combate ao desmatamento, visto que o bacurizeiro possui a característica ímpar de rebrotar a partir de suas raízes. Se suas mudas forem manejadas de forma adequada podem ser construídas várias miniflorestas”, afirmou Maria Moura. 

O bacuri é um pouco maior que uma laranja, contém polpa agridoce rica em potássio, fósforo e cálcio, que é consumida diretamente ou utilizada na produção de doces, sorvetes, sucos, geleias, licores e outras iguarias. Sua casca também é aproveitada na culinária regional, e o óleo extraído de suas sementes é usado como anti-inflamatório e cicatrizante na medicina popular e na indústria de cosméticos. 

Em áreas de ocorrência natural, com vegetação aberta, a densidade de indivíduos em início de regeneração pode chegar a 40 mil por hectare (1 ha equivale a uma área de 100 m x 100 m), por causa das brotações. Por esse motivo, o caboclo amazônico diz que o “bacurizeiro nasce até dentro de casa”. 

Para obter a polpa, os agricultores partem a casca com um porrete. Retirada a casca, encontram os ‘filhotes’ ou ‘línguas’, como chamam a porção da polpa não aderida às sementes, e as ‘mães’, nome dado à polpa que envolve as sementes (‘caroços’). As sementes devem ser separadas cuidadosamente, com o uso de tesouras, porque qualquer ferimento no caroço libera uma resina que mancha a polpa. Por isso, os produtores de bacuri não utilizam as máquinas despolpadoras existentes no mercado, mas esse problema poderia ser evitado com o desenvolvimento de um equipamento específico para extração da polpa dessa fruta.